14/06/2014

História: Estrada sem Fim - Parte 5


Oi!

Tava com saudades de postar a história... E com muita vontade! Avisando: na outra parte, a parte 6, já vai ser dela já crescida e tal, mas enfim, eu espero que vocês gostem, foi muito bom fazer essa parte da história... Eu e a Manda2 já estamos pensando em criar uma outra fic, não esquenta, a fic não vai ser nada deprê tipo essa, ela vai ser bem engraçada! Kkkk... (só imaginando a fic nova...) Bom, pra ler a parte 5 da história, clique em leia mais e divirta-se!

História: Estrada sem Fim - Parte 5


“São os estranhos que movem o mundo.” — Eu.

No outro dia...

Me acordei, e era sábado... Tinha que fazer várias coisas, e minha mãe estava pensando em uma punição pra mim. Ótimo, qual seria? Limpar o banheiro por uma semana? Que perfeito. Desci as escadas e ela foi logo dizendo a punição:

— Filha, tome seu café... — Não terminou a frase — Depois de tomar seu café, segunda-feira, você vai ajudar a diretora da sua escola, a Sra. Lily. 
— AH MÃE! — Falei decepcionada.
— “AH!” nada! Você estragou o nosso carro, agora vai ter que sofrer as consequências.

Minha mãe sempre tinha a carta na manga, o melhor — ou pior — minha mãe deveria ter ligado pra escola e falado que era pra mim ajudar a Sra. Lily, certo, mas com o quê? Limpar banheiros? Meu novo apelido seria feiosa-que-limpa-banheiros, estou rindo aqui hahaha. Nada pode piorar, ou pode? “Ok, Jany, para de drama!” — pensei.

Chegando segunda-feira...

Me acordei, me arrumei e fui para a escola. A Sra. Lily deveria estar me esperando com um esfregão na mão e uma vassoura na outra, ela diria: “limpe isso, querida.” mas não foi o esperado não...

— Oi, Sra. Lily... — Falei.
— Oi, querida. Preparada para me ajudar? — Perguntou ela.
— Tudo bem. Qual é o serviço? 
— Você gosta de música? — Ela perguntou.
— Gosto... Por quê? — Não tinha entendido a pergunta dela.
— Então você vai adorar o serviço! — Disse ela — Você vai limpar a sala dos instrumentos.
— Sala dos instrumentos? Tem instrumentos aqui? — Perguntei ansiosa.
— Sim! É na sala 16! — Respondeu ela.
— Ok, vou na sala... — Falei.

Sala dos instrumentos... hum... Eu gostava de música sim, mas não ouvia, era bem raro eu ouvir. Eu gostava era de Guns N' Roses, Lady Gaga, Kelly Clarkson, Imagine Dragons e só. Nada mais do que isso, mas eu sentia alguma coisa, não sei explicar o que era, mas era um sentimento... sabe quando você fica com vontade de tocar alguma coisa por que você quer se expressar e quando toca, parece que o mundo explode? Era o que eu estava sentindo. Ok, cheguei na sala. A sala estava toda imunda, coberta de pó, mas lá estavam eles: violino, violão, guitarra, teclado, piano... Quando cheguei na sala, passei os dedos nas teclas do piano, e nas cordas do violão, o som não estava muito bom (óbvio) mas eu gostei. Ok, Jany, vamos limpar essa poeira! Comecei a limpar o piano, limpando as teclas cuidadosamente, e assim foi indo... Até que a Sra. Lily bateu a porta da sala, e perguntou:

— Oi, Jany. Quer levar algum instrumento pra casa? — Perguntou.
— Claro, tudo bem! — Falei animada.
— Certo, então escolha um pequeno. — Quando a Sra. Lily disse “pequeno” ela quis dizer, um instrumento que não seja grande como por exemplo o piano.
— Obrigada! — Agradeci. — Vou levar o violão, ok?
— Ok! Divirta-se.

Depois, fui pra sala de aula para assistir as aulas, Claire estava me falando a reação dos pais dela quando ela chegou em casa com a cara toda suja, e aliás, a rainha Kaila foi logo dizendo:

— CÁRIE E JACA! — Gritou ela.
— Meu nome é Jany, rainha Kaila. — Falei.
— E meu nome é Claire, Kai...
— RAINHA KAILA, CÁRIE! NÃO É KAILA, É RAINHA KAILA! QUANTAS VEZES EU VOU TER QUE DIZER ISSO?! — Gritou.

“E quantas vezes eu vou ter que avisar que meu nome é Claire?” — Pensou a Claire.

— Aliás, vocês duas estão na minha lista negra real, ok?! JACA E CÁRIE! — Kaila disse. Acho que ela era burra.
— Rainha Kaila... — Claire não terminou a frase.
— O que é? — Respondeu.
— Esquece... — Falou Claire.

“Vou falar merda e ela vai me zoar ainda mais.” — Pensou a Claire.

— Ok, vocês duas, no recreio, vão ficar presas no banheiro! Meus súditos vão ficar vigiando se vocês saírem de lá, ouviu? — Implicou.
— Mas por quê? — Eu perguntei.
— Porque sim. — Respondeu grosseiramente grosseira.

É sério! Kaila estava passando dos limites, agora vou ter que comer num banheiro fedendo à bosta, é? Queria ver se fosse com ela... Chegou a hora do recreio, e eu e a Claire fomos obrigadas à ficar no banheiro.

— Não saiam daí, prisioneiras! — Gritou a Kaila — E guardas, não deixem elas saírem!
— Ok, rainha Kaila. — Respondeu os “guardas”.

Kaila era muito infantil!

— Não acredito que a Kaila não deixa a gente comer no ar livre! — Falou indignada Claire.
— Pois é, a gente tem que ficar presa nesse... eca! — Disse.

Tive uma ideia!

— Ei! Claire, vamos na sala dos instrumentos? — Falei baixinho.
— Como assim? Que sala é essa? Como que a gente vai chegar lá se os “guardinhas” estão na porta? — Disse baixo.
— Pela janela, oras! — Falei o mais baixo possível.
— Ok... — Concordou Claire.

Rapidamente, Claire pulou a janela e eu também. Fomos em direção à sala dos instrumentos, mas é claro, se escondendo atrás de objetos que estavam espalhados pelo corredor. Chegamos lá, então, mostrei para Claire a sala e os instrumentos, e de repente, comecei a tocar o piano. A melodia era triste, mas bonita, então soltei minha voz e comecei a cantar letras que saiam da minha cabeça, o nome da letra era Águas Com Mágoas...

— PUXA JAN! VOCÊ TEM UMA VOZ LINDA!
— Sério? — Perguntei.
— É CLARO! VOCÊ TINHA AULA DE PIANO? — Ela perguntou.
— Não, nunca... Por quê?
— PORQUE VOCÊ TOCA MUITO BEM, GAROTA! NÃO PERCEBEU? — Disse animada.
— Será que eu sou tão tapada assim? Kkkkk. — Falei ironicamente.
— Que nada! Você deveria praticar, vai que você vire cantora algum dia, em? — ...
— Cantora? O quê? Pirou? Eu? A feiosa da escola? Esqueceu de tomar seu remédio contra cegueira é?
— Para Jan! É sério, você tem talento, só precisa praticar e já vira uma cantora!
— Bom, se você diz...

Bate o sino, rapidamente, eu e a Claire corremos para o banheiro, pulamos a janela e quase que a Kaila nos pega, quase!

— Que bom que não saíram, prisioneiras. — Kaila disse.
— É. — Disse eu.

Um mês depois...

Em uma noite, eu decidi cometer suicídio tomando um frasco de perfume, mas não tive coragem, o único problema é que eu engoli um pouco de perfume, mas não tive nenhum problema. Em outra noite, eu decidi criar um outro blog, seria melhor pra mim, eu me sentia muito mal, mesmo com uma amiga igual a Claire... Claire meio que não me entendia, sabe? Mas em fim, quis criar um blog. Criei-o, então fiz um texto:

Tudo o que os outros sabem fazer é julgar, criticar e ofender. O inferno é aqui, é aqui nesse planeta que vive o reino dos ambiciosos, dos hipócritas, dos egocêntricos, dos julgadores, dos críticos, dos bullies... A Terra é o inferno. Você precisa ser perfeita pra todos te aceitarem, você precisa ser linda pra todos te olharem, você precisa não ter defeitos pra serem seus amigos... A perfeição que a gente procura, não existe. Nós mesmos a criamos. Nós mesmos colocamos rótulos nos outros, sem nem conhece-los.

Pobre mundo, pobre planeta, foi governado por um reino de ganância e ambição. Nós somos ambiciosos, será que não percebemos? Queremos mais beleza, queremos mais amor, queremos mais amigos, queremos mais... perfeição.

Ninguém se importa, ninguém vai te ajudar. Eu sempre penso assim: "Se você entrou nisso, vai ter que sair." se eu entrei nesse inferno de vida, vou ter que sair.

Fico com raiva de certas pessoas que não entendem. Que acham que tudo é drama, que tudo é frescura... Queria ver se fosse com elas, se elas tivessem engolido um pouco de perfume porque queria morrer, se elas tivessem feito mais de 15 cortes escondidos, se elas fossem chamadas de imprestáveis e inúteis pela própria família... Mas não. Quem me dera se a vida fosse o que a gente desejasse. Mas não é. O caminho que a gente percorre está cheio de cacos de vidro, está escuro e não temos nem uma vela se quer na mão pra acender o caminho. Pois é, é assim pra mim.

Às vezes dá vontade de dar um tiro na minha testa e morrer logo. Ninguém me perguntou se eu queria viver, ninguém perguntou pra mim: “Quer ir pro planeta Terra?”. Mas, tudo tem um significado. Devo ter algum objetivo aqui na Terra, mas qual? Bom, essa é a graça de viver: não saber o que irá acontecer. Bom, então postei esse texto no meu novo blog, só queria divulgar esse texto e mais nada, só iria postar esse texto e depois abandonaria o blog.

Um ano depois...

Minha mãe tinha descoberto que me maltratavam na escola, e como você sabe, se uma mãe sabe disso vai logo lá reclamar. E foi isso o que ela fez...

Na escola:

— QUERO SABER QUEM MALTRATA MINHA FILHA! — Gritou minha mãe com a diretora.
— Calma, senhora. — Disse a diretora.
— JANY, DIGA QUEM TE OFENDE! — Ordenou minha mãe.

“Se eu dissesse, Kaila ficaria muito brava comigo e me maltrataria ainda mais.” — pensei.

— Não é ninguém... — Menti querendo ir embora logo.
— DIGA JANY! É PARA O SEU BEM! — Gritou minha mãe.

“Para o meu bem? Você não conhece sua filha mesmo...” — pensei.

— Já disse, não é ninguém. — Fiquei muito nervosa.
— DIGA! — Dessa vez, foi a diretora.

“Ok, tô sem saída mesmo...” — pensei.

— É a Kaila. — Suspirei — A Kaila e a turma inteira, menos a Claire que é minha amiga, que também é maltratada...
— Kaila? Mas a Kaila não era a sua amiga? — Perguntou minha mãe.
— Ah mãe... — Soltei uma lágrima — Tive que mentir pra ir na festa dela pra não ser zoada.
— Vou ir na sua turma, Jany, venha comigo. Vou conversar com as pessoas que te ofendem... — Disse a diretora.
— NÃO! POR FAVOR, NÃO! ELES VÃO ME BATER E ME OFENDER AINDA MAIS! — Gritei enquanto chorava.
— Bater? — Perguntou minha mãe.
— Sim... — Olhei para baixo com uma lágrima escorrendo.
— Vamos, Jany... — Disse a diretora — Se você não quer mais sofrer, então vamos conversar com eles.
— Ok... — Disse sem ter outra opção.

“Vou ser zoada. Se prepare, Jany.” — pensei.

Chegamos na sala, e a diretora começou a falar:

— Eu sei que vocês maltratam a Claire e a Jany aqui... Queria saber o porquê.

Ficaram todos em silêncio.

— Digam! Não tenham medo, porque medo de ofender os outros vocês não tem! — Gritou a diretora indignada.

Rapidamente, Kaila me olhou com uma cara de quem-vai-matar-alguém. E se confessou:

— Fui eu, diretora... — Disse a Kaila — Eu, e a turma inteira.
— Ótimo, Kaila... — Disse a diretora — Sabia que Jany e Claire podem ter alguma doença psicológica? Ou talvez tenham?

Kaila ficou em silêncio se fingindo de inocente.

— Escutem: todos, menos a Jany e a Claire, vão levar suspensão de dois dias! — Falou a diretora.
— O QUÊ? — Todos falaram.
— POR CAUSA DE UMA FEIOSA E UMA GORDUCHA? — Gritou uma menina do fundo.
— Quem disse isso? — Perguntou a diretora.

Ninguém respondeu.

— Que seja, todos vão sofrer as consequências. — Disse a diretora.

Não iria adiantar nada. Todo mundo iria me zoar ainda mais. Minha mãe não iria ligar, ela só iria dizer: “Esqueça eles!” ótimo, me diga quando eu vou esquecer. O problema dos pais é que eles acham que é normal ser ofendida. É normal até você começar a ter problemas com a ofensa dos outros. Quando bate o sino para o recreio, Kaila diz pra mim:

— Sua dramática!

Eu não respondi, fingi que nem ouvi... Dramática? Onde? Uma menina que se corta, que tentou suicídio, que todos a odeiam, que todos a rejeitam, que todos a magoam e a chutam como se ela fosse um lixo que se esqueceram de jogar na lixeira... Olha, a “dramática” não existe. Isso é apenas o que eu vivo, eu nunca inventei algo com problemas, principalmente psicológicos e sobre a minha história, só tenho a dizer isso... Bom, pense o que quiser. Pena que não foi você que está passando por tudo o que eu estou, transforme sua mente em um hospício de ofensas e depois não reclame, a vida é sua.




Espero que tenham gostado :3

— May

2 comentários:

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Bjs♥