Novo layout + Hora da revelação: Motivo dos dois fechamentos

Oi!

Sim! Eu finalmente mudei de layout! O layout é uma mistura de colorful neon e galaxy print. O layout ficou meio cegante, mas é pra ser assim mesmo, ok? Bom, não tenho quase nada à declarar, demorei bastante pra faze-lo porque eu tinha algumas coisas da escola que tinha que entregar, mas enfim, gostaram? Depois do leia mais, tem o um texto que eu fiz já alguns dias pra esclarecer o motivo do fechamento do blog que aconteceu duas vezes...

Pode parecer drama para alguns, frescura para outros, mas a verdade dói. E é essa verdade que eu vou contar agora, a mais dolorosa e a mais profunda que eu escondo... Pois bem, leiam:

Tudo começou à muito, muito tempo atrás. Eu tinha 3 anos e eu estava numa creche (sim, é a antiga história do meu suicídio, fiz as contas e vi que eu tinha 3/4 anos) como todos sabem de toda a história, me chamavam de feia, ridícula, horrorosa, falavam que eu era inútil, falavam que ninguém nunca iria gostar de mim, e uma vez até me bateram (essa parte eu não contei, achei pessoal demais) então, quando cheguei em casa tentei suicídio com uma faca, chorei muito e não tive coragem. Eu não era nenhuma santa, mas o jeito que eles me tratavam me fazia mal.

Mas, hoje, vocês saberão a pior parte. A pior parte que poucas pessoas sabem, e que é eu mais tento (tento muito, e consigo) esconder. Meu mundo não é cor-de-rosa como os "julgadores" pensam, ele é muito negro. Muito, muito negro.

Ok, chega de enrolação (apesar que é preciso pra vocês não se assustarem), mas enfim... Eu sai dessa creche, fui morar no exterior, e aí eu estudava numa escolinha normal, como qualquer outra... O único problema, é que me chamavam de tudo aquilo que me ofendiam na tal creche, e isso era horrível. Me lembro como se fosse hoje, o meu colega falando na minha cara: "Você é uma bruxa." e eu tentando arrumar alguma resposta pra dar... Mas, ainda tem mais, MUITO mais... Se preparem, porque a pior parte está vindo...

Tudo bem, tudo bem, eu voltei pro Brasil e eu comecei a estudar numa escola (que atualmente eu estudo). Quando cheguei lá, eu tava morrendo de medo de causar uma má impressão, muito mesmo... No primeiro dia, já começaram as ofensas: "Olha aquela esquisita ali...", "Ridícula!", "Estranha!", "Louca!" no mau sentindo, "HORROROSA!", "INÚTIL!"... Tudo isso ficou preso na minha cabeça. Quando fui lanchar pela primeira vez lá, eu estava sentada num banco onde duas outras meninas (nem vou citar nomes) e elas, no primeiro minuto me viram e saíram correndo como se eu fosse alguma assombração pra elas. O pior de tudo, é que uma dessas meninas, quando eu digo alguma coisa sobre esse ano, ela diz que nunca me ofendeu, nunca falou mal de mim... Mentirosa. Ela é uma mentirosa, ela acha que eu não via o que ela fazia comigo? Ela acha que aquilo não me atingiu? Ela acha que eu era surda e cega? Eu vi o que ela fazia comigo. Ela não precisa se fazer de vitima, até porque, vítima ela não é. Ok, continuando... Eu sempre era a solitária da sala, sabe? Ficava o recreio INTEIRO sozinha, eu era sempre a última a ser escolhida em equipes de futebol, e tals... Agora vem a parte séria da coisa: eu tive um distúrbio alimentar nessa época. Na época, eu não gostava da comida que minha vó fazia, e depois de almoçar eu sempre cuspia e não comia nada, mas me lembro que eu e uma outra colega minha ficávamos falando: "Nós somos as mais magras da turma!", e eu acho que eu fazia aquilo por beleza. Me lembro que minhas roupas nem serviam mais em mim, de tão magra que eu tava. Meu peso normal era 30kg, mas em um mês eu já pesava 27/28kg... Fora os outros meses, era um horror aquilo, eu nem sabia que eu tinha um distúrbio alimentar, eu achava que era normal. Depois de alguns outros meses, eu parei de cuspir, parei de não comer, e comecei a engordar e à voltar ao meu peso normal... Mas confesso, não foi muito fácil não... Hoje em dia, quando sinto um ódio de mim mesma (vocês já vão entender) eu tenho vontade de forçar o vômito... Depois de alguns outros meses, eu mudei. Comecei a me arrumar mais, e as pessoas começaram a gostar de mim, e eu comecei a fazer amigos. Então, parei de ser a menininha excluída da sala. No segundo ano que eu estudei nessa escola, as pessoas ainda me chamavam de algumas palavras que eu não gostava, mas não era exagerado como no outro ano.

• Em 2014:

Enfim, esse ano foi uns dos piores. Porque tudo o que aconteceu comigo, eu comecei a me relembrar e a ficar triste... Ok, chega de palhaçada e lá vai... Em março desse ano, eu comecei a me lembrar e tals, como já expliquei ali em cima. Tentei suicídio nesse mês tomando um frasco de perfume, na real mesmo, eu não tomei... você começa a pensar em que você nunca mais vai ver seus amigos família... e isso controla sua cabeça e te faz ter bom senso, eu até chorei na hora. Em abril... No dia 04, na sala de aula mesmo, eu me mutilei (cortei), ninguém viu nada, estava disfarçando muito bem... O corte era pequeno, mas era o começo de um inferno. Nesse mesmo dia, quando cheguei em casa eu fiz mais um, mais um, mais um, mais um... Aquilo aliviava minha dor, eu sentia muito ódio de mim, um erro que eu cometia parecia uma coisa fatal, velho. Aquilo tava me controlando, parece insano, mas aquilo me fazia ficar mais calma. "Nossa May, como você é dramática! Todos que sofreram bullying fazem isso... fresca!" se esse for um dos seus comentários sobre minha automutilação saiba que: 1º: eu não faço isso pra chamar atenção, até porque só tô falando isso agora, porque, minhas amigas acham que eu parei de me cortar há um mês atrás. 2º: quem você pensa que é pra me chamar de fresca? Por acaso você é algum tipo de psicólogo? Não. 3º: eu não só me corto como me bato. Já ouvi muito: "Ah, você se corta? Merece apanhar!", "Sua fresca!", "Isso é modinha!", "Idiota!"... Mas isso só piora a situação, isso só trás mais ódio e vergonha de si mesmo. Hoje em dia, as pessoas chamam de drama aquilo que elas não entendem, elas riem, elas ofendem, elas criticam, mas queria ver se fosse com elas. Cara, se cortar, queimar, bater é um horror. O problema, é que vicia e te trás um alivio que ninguém consegue explicar. Eu não me corto no pulso, pra mim, o pulso é como uma "saída". Eu me corto no braço, escondo com dez pulseiras (agora que o inverno chegou, uso casacos) uso facas, tesouras, compasso, até mesmo a ponta da minha pulseira. O objeto que você usa pra se cortar, queimar, bater se torna seu amigo, mas esse amigo é falso, porque ele te deixa com marcas. A primeira vez que me bati, foi quando cometi um erro e fiquei com muita raiva de mim, comecei a bater na minha cabeça com força e comecei a dizer pra mim: "SUA BURRA!". Uma vez na escola, eu comecei a sentir que as pessoas me odiavam, que elas não gostavam de mim e que me queriam morta, o sentimento era horrível, você não consegue explicar, você se sente rejeitada por todo mundo, então pedi licença pra professora pra ir no banheiro pra me cortar. Levei meu compasso no bolso do casaco, e depois algumas pessoas perceberam que eu não tava muito bem. Aliás, se vocês perceberam, no vlog dos livros eu estava usando as pulseiras, na época eram nove eu acho...

Tudo bem que tem pessoas que se cortam por qualquer motivo, mas acho que as pessoas deveriam ajudar e não criticar, criticar não leva a nada. O pior de tudo é que algumas pessoas chamam as pessoas assim de loucas e isso deixa a pessoa mal, sei disso por experiência própria. Outra coisa que me incomoda, é que algumas das minhas colegas me tratam como uma louca, não me deixam nem pegar meu compasso na mão... Uma coisa que me irrita é que: os "julgadores" mandam indiretas pra você dizendo: "Ah, não se finja de coitada..." ou "quem se corta é fresco, viu?" isso é muito inútil e só faz o "julgador" ser mais infantil e sem cérebro. Até porque, se for pra chamar atenção eu me cortaria e batia na minha testa. As pessoas hoje em dia, não entendem porque pessoas se mutilam, eu também não entendia até eu entrar nessa, mas, quem você pensa que é pra chamar alguém de fresco? Quem você pensa que é pra me julgar? Quem você pensa que é... enfim, pra criticar alguém? Você não é ninguém pra isso. Quando você fala sobre seus problemas pra alguém, você fica mais leve, entende? É como aquele proverbio da bíblia diz: "As preocupações roubam a felicidade da gente, mas as palavras amáveis nos alegram." então, eu prefiro, desde hoje, contar. Não quero mais fingir que estou feliz, não quero mais mentir dizendo: "Ah... eu tô bem" porque eu não tô bem.

Acho que sofri bullying por não gostar de me arrumar muito, eu não era e nunca fui uma santa ou vítima na escola ou em qualquer lugar, na época que eu sofria eles não chamavam de "bullying" mas sim de "brincadeira" ou seja, uma brincadeira sem graça. "Quantos anos você ficou sofrendo bullying, May?" foram 7 anos.

Bom, eu fechei o blog pra mim me controlar, porque a blogosfera é muito... turbulenta. Sei lá, acho que não deveria ter contado isso pra vocês, tenho medo que isso vire o assunto do momento, se der confusão ou alguma outra coisa eu vou excluir o post, ok? :/



Enfim, se tem uma história parecida com a minha, por favor, deixe um comentário, se quiser me dar um conselho, também deixe... Mas por favor, não critique. Como eu disse lá em cima: criticar não leva a nada. Só dê sua opinião mais positivamente possível.

Atualizando: meus pais não sabem de nada... eu tenho muito medo e vergonha de contar. Tenho medo que minha mãe ria de mim e me chame de louca. Ela não sabe que eu sofria bullying, ela não sabe de nada.

Até mais...

— May